sábado, 11 de maio de 2013

Bem Estar de suínos


UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
UNOESC – XANXERÊ
ÁREA DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
COMPONENTE CURRICULAR DE INFORMÁTICA
PROFESSORA MESTRE EM EDUCAÇÃO MAURICIO BERTE

ACADEMICA:
ALINE DÉBORA DALAZEM


Esse vídeo é muito interessante, pois apresenta todos os passos de de bem estar animal desde o nascimento dos suínos.
 Nascem em média 14 porcos por parto , quando existe visa em perigo a ajudante Natalicia aplica a injeção de glicose, e no segundo dia suplementação de ferro e no sexto dia os machos são castrados, mas as presas e os rabos não são removidos.
No local existe 12.600 animais em 70 equitares, o protocolo de bem estar animal exige que as bais tenham espaço o suficiente para as porcas se locomover, diferente da maioria das outras de produção. As baias tem até quintal para que os porcos possam sair para fora diminuindo o estresse, existe também o abrigo para os porquinhos, para quando a porca esta agitada não machucar os porcos, eles vão para fora. Também tem as barras de ferros para quando a porca deitar não encostar na parede e não esmagar os porquinhos de ferro. Servem as rações umedecidas para a melhor alimentação e crescimento.
Os porcos adoram correr e brincar, logo com 25 dias ja vão para a creche, ao ar livre onde tem todas as regras de Bem estar animal para melhor desenvolvimento o do suíno. A parte mais difícil é o embarque para o abate , mas ali não existem problemas, criaram elevadores para o transporte dos suínos até o caminhão, assim não deixando eles estressados e também sem hematomas pelo corpo.
O animal depende dos fatores de bem estar animal para melhor qualidade da carne, e assim o animal tem uma vida adequada e sem sofrimento desde o nascimento até o abate.



Imagem que mostre o Bem Estar animal















Texto referente ao assunto:


RESUMO: O desempenho eficiente da produção de suínos depende de inúmeros fatores. Para exemplificar alguns se pode citar a gestão do rebanho, bem como a nutrição, o controle sanitário, as instalações, as condições adequadas de bem-estar animal, dentre outras. O objetivo do presente trabalho é demonstrar o bem-estar em uma criação de suínos respeitando o seu comportamento natural, para ter carne de qualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Bem-estar. Comportamento.Suínos, Carne.

INTRODUÇÃO

Com a crescente intensificação da produção de suínos em sistemas tradicionais de confinamento, observamos que esses animais exibem algumas mudanças comportamentais (estereotipias) em consequência a esse sistema de manejo. Apesar da grande quantidade de estudos relacionada a esta espécie animal, em várias áreas do conhecimento, tais como reprodução, nutrição, genética, bioclimatologia entre outros, pouco se fala sobre o estudo comportamental. Esse distúrbio comportamental se expressa das mais diversas maneiras, observando-se, por exemplo, o excessivo ato de fuçar, mastigar, mamar e/ou morder a cauda dos companheiros de baias. Portanto, observa-se que o bem-estar, que cada vez mais ganha importância no cenário produtivo, fica por vezes comprometido. Esses fatos tomados em conjunto nos levam a acreditar que a abordagem etológica é de extrema importância uma vez que através destes estudos poderemos criar novas tecnologias que sejam capazes de utilizar os conceitos relacionados ao bem-estar na produção animal, de maneira objetiva, de modo a contribuir em termos de produtividade.
O objetivo deste trabalho é discutir o que significa comportamento em suínos e quais as alternativas para alcançar um equilíbrio entre produção de animais e bem estar, para proporcionar a melhor estratégia.


COMPORTAMENTO ANIMAL

Os animais são retirados de seu habitat natural e são manejados em espaços restritos, ou seja, transferidos para um sistema tradicional de confinamento podem manifestar alguns distúrbios comportamentais em consequência ao estresse. Na realidade o estresse não é uma causa, mas sim uma consequência, uma vez que consiste em uma tentativa do organismo de manter uma homeostase.
Esses animais possuem uma unidade social que gira em torno do grupo maternal, ou seja, uma associação entre mães e sua prole. É muito comum observar grupos contendo de dois a seis indivíduos. Uma das justificativas da vida em grupo deve-se em parte a uma estratégia comportamental contra predadores.
A gestação das porcas gira em torno de 114 dias e durante esse período já é possível observar uma grande mudança de comportamento. Alguns estudos relatam que essa mudança pode começar dias antes da parição, quando a porca tende a se isolar do restante do grupo por longos períodos. Aparentemente essas fêmeas manifestam essa tendência ao isolamento na busca de um local apropriado para a realização do ninho.
Após ter escolhido o local adequado para se fazer o ninho começa uma nova fase, as fêmeas passam de 16 -20 horas buscando grama ou outro material para construir o ninho, para que os leitões tenham um maior conforto possível.
Diferentemente de outros mamíferos, durante o parto as fêmeas não precisam cortar o cordão umbilical ou livrar os leitões das membra nas fetais. O parto dura em média de 4 a 6 horas e, logo após o nascimento, os leitões buscam dos tetos da porca, assim ingerindo o colostro, permanecendo então no ninho. Para avisar os leitões no momento da mamada, a porca grunhe insistentemente, de modo que todos os leitões mamam ao mesmo tempo.
Nos dias atuais, predomina o sistema de confinamento total na maioria das granjas brasileiras. Neste sistema, as porcas são separadas na fase de inseminação, permanecendo durante a gestação em gaiolas, onde são alojadas, pelo menos 10 dias antes do parto. Em seguida, será transferida a maternidade e ali permanecem até o desmame dos leitões, por volta de 4 semanas.
Esse período de permanência das porcas em gaiolas pode gerar inúmeras consequências para o animal desde uma imunossupressão, que poderá acarretar uma maior susceptibilidade a doenças, como também são observados comportamentos anômalos, que poderiam levar a uma redução na produtividade.
As porcas desenvolvem distúrbios comportamentais por estarem em um local sem motivação ambiental, podendo morder as barras da gaiola, expressando, por exemplo, fome, ou desejo de alimentar-se. Neste sentido, estudos com relação ao enriquecimento ambiental em várias espécies são conhecidos. Além disso, o confinamento em gaiolas que permitem pouca mobilidade gera estresse crônico, e compromete ainda mais o bem-estar dessas fêmeas.
Ainda mais, o momento do desmame dos leitões é o ponto culminante após todo o período de estresse de confinamento. Além das consequências para a fêmea, o efeito da separação de leitões da mãe gera problemas para leitões, uma vez que quando desmamados com menos de 4 meses, não observa um ganho de peso adequado mesmo oferecendo uma nutrição especializada.

TIPOS DE CRIAÇÕES

Atualmente o que mais se encontra é o sistema de confinamento intensivo. O que interessa é desempenho quantitativo dos animais, pois viabiliza a exploração economicamente, garantindo ainda que, mesmo que precariamente, a atividade sobreviva.
Para tentar driblar a monotonia e a frustração provocadas pelo confinamento, alguns estudos procuram melhorar o bem-estar animal através do enriquecimento ambiental, por exemplo, colocação de objetos, como correntes e “brinquedos”. Alternativa, seria o uso de palha cobrindo o piso ou outros materiais que permitam a construção do ninho, o que poderia também facilitar o manejo, pois Se não haveria a necessidade de fonte de calor artificial para os leitões.
Algumas questões sobre ambiente, segurança alimentar e bem–estar animal vem recebendo uma crescente atenção nos meios acadêmicos, técnicos e científicos, sendo considerados os três maiores desafios atuais. O bem-estar animal tem sido definido como o equilíbrio entre o individuo e o ambiente em que se encontra. Outros autores definem ainda o bem-estar animal como “o estado de harmonia entre o animal e seu ambiente, caracterizado por condições físicas e fisiológicas ótimas e altas qualidade de vida do animal”. Ainda mais, o bem-estar está relacionado o conforto físico e mental. O conforto mental seria com a condição física e o grau de satisfação do animal com seu ambiente. O conforto físico implicaria o animal saudável e o bom estado.
O suíno possui uma capacidade cognitiva que é similar ou maior que a do cão. Este animal apresenta alta capacidade de aprendizado, curiosidade e um complexo repertório comportamental, que precisa ser mais bem estudado. As fases reprodutivas da gestação e lactação, por sua importância no sistema produtivo, serão investigadas no presente estudo. Nesta fase, a avaliação comportamental será realizada com o objetivo de identificar e quantificar o comportamento das fêmeas no terço final da gestação e durante a lactação. Desta forma, será possível no futuro elencar indicadores comportamentais de bem-estar, contribuindo assim para criar melhores condições para a produção atendendo a um dos maiores desafios atuais na área, relacionado à manutenção das fêmeas nessas etapas reprodutivas.
A ausência de bem-estar aos animais criados para a produção de carne pode resultar em um produto de qualidade inferior e de baixo valor comercial. No caso dos suínos pode haver uma maior incidência de carne com PSE (pálida, mole e exsudativa), DFD (escura dura e seca). Os suínos produzidos sem as mínimas condições de bem-estar podem apresentar desde hematomas, ossos danificados, mudanças de comportamento até quadros mais crônicos de estresse. O bem-estar animal abrange itens como ambiência, manejo, nutrição, entre outros.

            CONCLUSÃO

A questão fundamental nessa abordagem é que o bem-estar dos animais está localizado centralmente no mapa moral dos humanos, e não vai haver retrocesso nisso. Logo, uma das questões - chave como garantia de bem-estar animal encontra-se hoje num sistema que permita que o consumidor tenha acesso à informação. Para isso é fundamental: visibilidade no processo de produção. O monitoramento de bem-estar animal e entendimento de como os diversos processos envolvidos na produção afetam o bem-estar animal e se tem um produto final garantido para o consumidor.